Márcio Palmeira

“Eu tinha feito o serviço de dia e ia sair. Seriam cinco para as seis horas, quando o Lemos, repórter de polícia, entrou ofegante e deslumbrado. Chegou e falou ao secretário, nervoso de contentamento, com a palavra entre cortada , oprimido de felicidade: - Um crime! Um grande crime! - Onde? - Em Santa Cruz, nos campos de São Marcos... Uma mulher e um homem foram encontrados mortos a facadas e decapitados... Vestiam com luxo...Parecem pessoas de tratamento..Um mistério! Todos os circunstantes ouviram estuporada a breve narração do repórter. Depois de um curto silêncio, choveram as perguntas. Lemos nada sabia; recebera na polícia, onde pouco mais sabiam. A notícia viera de Santa Cruz pelo telégrafo... Leporace , que raramente saía de sua natureza de celentério , pôs-se nervoso e começou a dar as providências, a explorar o caso: - Já um boletim... Já! E logo rapidamente, Adelermo começou a traçar em letras garrafais a notícia que o Lemos trouxera. Eu fui pregá-lo à porta; da sacada,

Agradeço os comentários e as visitas no blog. Sem vocês não conseguiria escrever uma linha. Até breve!!

Daqui a 17 dias o povo da cidade do Rio de Janeiro tem a missão de escolher o futuro prefeito. Paes ou Gabeira?? O candidato Eduardo Paes já trocou de partido, de lado e hoje é aliado do presidente Lula e do governador Sérgio Cabral. Uma espécie de triângulo amoroso. Fernando Gabeira já marcou presença com a sua tanga e deve ter sido namorado da Janis Joplin também. É o candidato que menos conhece a cidade do Rio de Janeiro. Viveu na Europa, Brasília e nas folgas pegou um sol em Ipanema. Entre Paes e Gabeira, eu fico com o voto nulo. Paes financiado pela especulação imobiliária e o Gabeira querendo fazer das areias ipanemenses uma embaixada carioca, o voto nulo é a consolação e o protesto carioca.

Segue ao lado uma caricatura do político João Pessoa feita por Nestor Tangerini. Nestor Tangerini foi escritor teatral, jornalista, cronista, poeta, caricaturista, compositor e professor de língua portuguesa.Em suas peças trabalharam Oscarito, Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Dinorah Marzullo [sua cunhada], Aracy Cortes, Catalano, Walter Dávila, Henriqueta Brieba, entre outros. Em 1932, lançou Oscarito no teatro, através da peça GANHANDO TEMPO...É autor das peças NO TABULEIRO DA BAIANA, ESTUPENDA!, MAGNÍFICA!, NA DURA! e GOL! Foi casado com a atriz de teatro Dinah Marzullo Tangerini [* 01/06/1917 - + 22/10/2005, Rio de Janeiro], filha da atriz Antônia Marzullo. Era pai de Nirton, Nirson e Nelson Tangerini e tio das atrizes Marília e Sandra Pêra.