Márcio Palmeira

  Sempre esqueço de convidar o meu cunhado para beber uma cerveja no boteco Cobra d´ água que fica no cidade de Itanhandu - MG. Pense num boteco rústico, quase selvagem. O meu cunhado acredita que quanto mais selvagem é melhor, para  ele o ser humano tem que encontrar os seus limites dentro da cidade por vontade própria e neste enredo continuaremos  a conversa no próximo feriado de curtição no território Itanhanduense.

 Para quem duvidou, segue uma prova da cuisine do Palmeira. Agradeço o apoio do meu amigo Charles Isaac e não tenha a distância como obstáculo, aqui na nossa cozinha o seu lugar está reservado.

 Estou entrando devagar neste campo dos saberes culinários. Comecei de forma tímida e notei uma evolução em cada prato que preparo, sinto uma sensibilidade maior para os cheiro dos alimentos e os temperos. Não tenho mais acanhamento para dizer que sei preparar alguns pratos e convidar amigos para saborear uma boa comida.

  Os laboratórios farmacêuticos e os planos de saúde construíram uma bolha de consumo e desejam que a população acredite neste processo como o salvador das nossas vidas. Por esta conjectura, a medicina passou a tratar os pacientes pelas via da prescrição de remédios e a cirurgia, mantendo ligações comerciais com a indústria  farmacêutica e os planos de saúde. Nas últimas décadas, a medicina teve avanços inegáveis, mas é preciso olhar com mais cuidado para outros segmentos que não cirúrgicos; Onde estão os métodos preventivos? As curas naturais? É cada vez maior o número de especialistas e a figura do clínico geral está praticamente em extinção. Numa conversa mais  aprofundada o clínico geral pode dar um diagnóstico que elimine alguns exames que são pedidos à exaustão pelos médicos. Nós pacientes precisamos  de atenção, queremos que o médico nos escute, ausculte e examine. Nesta nova  realidade, viramos objeto e a relação entre médico e paciente se transformou no cliente que aguarda o p