Pular para o conteúdo principal

Greve.


 CARTA ABERTA AO GOVERNO, CONGRESSO NACIONAL e a SOCIEDADE
Exigimos negociação salarial para todos! 

Nós somos Trabalhadoras(es) Técnico-Administrativos em Educação das Instituições
Federais de Ensino, atuando como recepcionistas, vigilantes, enfermeiros,
jornalistas, administradores, engenheiros, assistentes em administração,
secretários, cozinheiros, farmacêuticos, médicos, odontólogos, motoristas dentre
diversas outras profissões. Desenvolvemos nossas atribuições com responsabilidade e
compromisso e exigimos respeito! 

Após a greve de 2011 fechamos um termo com o governo onde houve o seu
comprometimento em construir com o conjunto dos Técnico-Administrativos uma
negociação que teria início, meio e fim, com data limite para sua conclusão o dia 30
de março de 2012. 

Esse acordo não foi cumprido pelo governo. O mês de março passou e infelizmente o
governo não apresentou nenhuma proposta para a categoria, que já se encontra a 05
anos (desde a greve de 2007) discutindo a carreira com o governo. Há dois anos, mais
de 180 mil trabalhadoras(es) das IFES estão sem reposição salarial. 

Para demonstrar disposição em negociar, concedemos um adiamento para o final de maio
do prazo para finalização das negociações, que poderia resultar num Termo de Acordo
entre as partes. Lamentavelmente, até a presente data, o governo segue dizendo que
não tem condições de apresentar uma contra proposta. 

Nessas condições, ficou insustentável para a categoria tanto adiamento e descaso por
parte do governo na mesa de negociação. O entendimento da ampla maioria dos
Técnico-Administrativos das IFES é que o único caminho a ser seguido nesse momento é
a construção de um forte movimento paredista. A FASUBRA está em greve desde o dia
11/06 e o SINASEFE desde o dia 13/06, somando-se a greve dos professores que está em
curso desde o dia 17/05. 

Achamos positiva a postura do governo em iniciar negociação com o movimento docente
em greve e esperamos que essa postura também seja adotada para a Greve da FASUBRA. 

Com a conquista da carreira (Lei 11.091), conquistamos uma identidade e definições
do papel do trabalhador Técnico-Administrativo nas IFES. Atuamos diretamente na
pesquisa e na extensão e de forma indireta no ensino, integrando, portanto toda a
missão constitucional e indissociável das Universidades. 

O conjunto dos Técnico-Administrativos possui um papel importante no cumprimento da
missão da Universidade enquanto instrumento de desenvolvimento e transformação
social. Nosso fazer é um dos pilares do processo de expansão que as IFES vêm
passando nesse momento. Investir no salário, carreira e condições de trabalho dos
Técnico-Administrativos também é investir em educação! 

É com essa compreensão que exigimos que o governo abra imediatamente as negociações
efetivas com os Técnico-Administrativos das IFES, bem como achamos muito importante
que o governo negocie, com resolutividade, com o conjunto do funcionalismo público
que está em campanha salarial unificada. 

Foram realizadas nesse ano oito reuniões na mesa de negociação geral entre governo e
o fórum de entidades, e até agora infelizmente não há por parte do governo
disposição para definir uma data base, uma política salarial para o conjunto do
funcionalismo, bem como regulamentar a negociação coletiva para os trabalhadores do
serviço público. 

Há uma crise econômica mundial, em especial na Europa, e que ainda não chegou com
força na periferia do mundo. O governo tem uma arrecadação recorde e nos dois
últimos anos o PIB teve crescimento. 

É preciso que o funcionalismo público seja contemplado com o crescimento das
riquezas de nosso país, mudando a lógica atual. É preciso ainda uma mudança na
política econômica desse país, desonerando os trabalhadores e tributando o mercado
financeiro, os especuladores e as grandes fortunas. 

Ainda que a crise econômica chegue por aqui, os trabalhadores e os usuários dos
serviços públicos não aceitam pagar o preço dessa conta. Que os ricos e poderosos
desse país paguem por essa crise! 

A pauta de reivindicação foi posta de forma clara nas mesas de negociação,
priorizando aumento no piso salarial de forma emergencial, para, em seguida, avançar
nas negociações de aprimoramento da carreira. Para isso se faz necessário que o
governo receba a FASUBRA para negociar imediatamente, assim como já sinalizou para
outros setores em greve. Negociação já para os Técnico-Administrativos das IFES! 


FASUBRA Sindical 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Com a saída do Papa.

Com a saída do Papa, poderíamos aproveitar para refletir sobre algumas ditas verdades milenares que nunca foram discutidas... Estamos no século XXI e as pessoas ainda acreditam que existiu um dilúvio e que Noé salvou as espécies da Terra. Acreditam que Moisés dividiu o oceano.Os padres e bispos, que poderiam nos ajudar nessa missão, estão preocupados em manter os dogmas que criaram em nome de Jesus, cuja função é torná-los perenes e intocáveis senhores da verdade. Quero saber quem paga pela inquisição?? Para que prender Jesus em altares, sacristias e púlpitos. Dizem que Jesus teve uma relação com a maçonaria ou pode ter dito saravá e a Sara realmente foi. Eu, não sei.Tenho certeza que da igreja ele nunca foi e, como muitos acreditam na sua volta, garanto que ele está mais para passear nas praias do nordeste a entrar em qualquer igreja. Não quero ferir, não desejo tirar o brilho de ninguém. Apenas expresso a minha opinão que não tem a pretensão de ser definitiva.

Na Terça.

Na terça-feira tive um dia de puro realismo, mas que, por vezes, beirou a ficção. Salvei um gringo. Dei uma entrevista e presenciei um ótimo episódio na universidade. O gringo era do País de Gales, não sabia uma palavra do nosso idioma e queria saborear um lanche especial que as atendentes não conseguiam entender. Fui o intérprete e tive êxito, mesmo com o meu " inglês arrastado ". Saí da lanchonete e parti para a UFRJ . Passei pelo antigo aqueduto do palácio e uma dupla de jornalistas me abordou e pediu permissão para fazer uma entrevista sobre meio ambiente. Até o momento da entrevista só tinha usado água do banho, para escovar os dentes e para bater o açaí preparado na lanchonete minutos antes. Além da eletricidade consumida pelo liquidificador para bater o fruto. Tinha créditos de carbono de sobra. Enquanto aguardava a minha vez para ser atendido no departamento. Um rapaz reclamava da lentidão dos funcionários, criticava os métodos adotados e uma senhora serenamen